segunda-feira, agosto 30, 2004
Maise lêtrase
Senti-me frustrado pelo título deste post não ter suscitado interesse, tirando o comentário da Oblíqua, que conhece a história que o inspirou.
Mas, que se lixe, vou explicá-lo na mesma.
Antigamente, por incrível que pareça, o sotaque olhanense era parecido com o beirão, pelo menos na forma como eram pronunciados os 'esses' no final do plural das palavras (o característico som 'zzz').
Certa vez, numa sessão de cinema, começou a ser exibido o filme. O genérico inicial estava a demorar uma eternidade, com uma lista infindável de créditos iniciais a ser exibida sobre um fundo negro. A determinada altura, um melo na assistência não conseguiu conter a sua impaciência:
«É assim qu`êlese enriquem!
Lêtrase lêtrase, figúrase nenhúmase!»
Ainda no âmbito do sotaque olhanense arcaico, aconselho a (tentativa de) leitura da célebre (cá em Olhão) carta do marítimo olhanense à sua namorada. Quem conseguir perceber tudo o que lá diz, verá que não é assim tão difícil ler o MacJête (que há quase um ano que não publica nada, mas que está com um template todo modernaço, regresso à vista?).
proferido por Asulado @ 8/30/2004 10:22:00 da tarde
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domingo, agosto 29, 2004
Monsanto em Festa
O título da notícia despertou-me a curiosidade:
Kátia Guerreiro hoje em Monsanto
O que teria esta rapariga de especial para merecer um destaque maior do que as outras que por lá andam? Segui o link e descobri que a Kátia é fadista.
Uma fadista chamada... Kátia? Com K?
De alguém chamado Kátia espera-se canções como 'Marmelos Docinhos' ou 'Bacalhau de Molho', não fado.
A tradição já não é mesmo o que era.
proferido por Asulado @ 8/29/2004 10:48:00 da tarde
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X
Finalmente está aí a nova temporada do futebol luso, e os homens vão ter motivos para voltar a estabelecer entre si conversas elaboradas e interessantes.
Com o início da SuperLiga a meio gás, devido a compromissos internacionais, a minha atenção este fim-de semana concentra-se mais na Liga de Honra.
Esta vai ser uma das duas jornadas em que não vou torcer pelo Portimonense, pois hoje vem ao José Arcanjo defrontar o meu Olhanense.
proferido por Asulado @ 8/29/2004 10:38:00 da manhã
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sexta-feira, agosto 27, 2004
Ponte sobre o Atlântico
No seu tempo não havia disto, hein, SP?
proferido por Asulado @ 8/27/2004 11:09:00 da tarde
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Menos ais, menos ais, menos ais
Quero muito mais
proferido por Asulado @ 8/27/2004 10:04:00 da tarde
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quinta-feira, agosto 26, 2004
Meus ricos meninos!
proferido por Asulado @ 8/26/2004 09:58:00 da tarde
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quarta-feira, agosto 25, 2004
Lêtrase, e tamém algúmase figúrase
(qualquer dia explico o porquê deste título)
Resolvi hoje ao fim da tarde dar um saltinho à Grande Festa do Livro de Olhão (deixo aqui o link, apesar de a página conter um erro ortográfico imperdoável).
Só depois de ler o aviso da Susana é que comecei a ver alguns (tímidos) cartazes, um dia antes do evento começar, mas não liguei muita importância, pois ainda tinha presente a semi-desilusão que senti com a Feira do Livro. No entanto, a curiosidade foi mais forte, e ainda bem. Este evento decorre dentro de uma enorme tenda, e tem os livros expostos em bancadas ao redor do recinto e pelo meio, formando corredores. Faz lembrar a longuíssima feira do livro que decorreu nos dias decadentes do já defunto Faro Shopping, mas umas quatro vezes maior. Acho esta uma solução melhor que a anterior Feira, pois encontramos mais facilmente os livros agrupados por temas e há uma possibilidade maior de contacto (ou pelo menos não tão constrangedora) do que nas bancas separadas das editoras.
Ao contrário do presságio da menina da rádio, não se trata propriamente de alfarrabismo, pois podem-se encontrar algumas edições bem recentes. E perdi assim mais uma esperança de ter o meu próprio exemplar do esgotadíssimo A Vida em Olhão no Tempo do Padre Delgado de João Villares, até prova em contrário o melhor livro sobre a Vila da Restauração. Aliás, uma desvantagem da Festa em relação à Feira é a ausência de livros de temática local.
Acabei por fazer apenas duas compras: Linguagem Seinfeld de Jerry Seinfeld (curioso...) e, pelo valor histórico e baixo custo, o "Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso por José de Almada-Negreiros Poeta d`Orpheu Futurista e Tudo". Ainda fiquei de olho em dois livros de cartoons do Quino (edição hardback!), e não fiquei noutros porque ainda tenho alguns em casa por começar e o tempo escasseia.
Gostei, e talvez ainda lá volte.
proferido por Asulado @ 8/25/2004 10:33:00 da tarde
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terça-feira, agosto 24, 2004
E vão três!
proferido por Asulado @ 8/24/2004 10:12:00 da tarde
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Os Lusofoníadas
Na sequência deste post da Susana (e do que o antecedeu) e do comentário que lá deixei, resolvi colocar aqui mais um excerto do livro Explicações de Português, do MEC (já é a segunda vez que o faço num curto espaço de tempo).
Contextualizando, o texto foi escrito na segunda metade da década de 80, quando se discutia nos países lusófonos um acordo ortográfico.
"Ninguém imagina os Espanhóis, os Franceses ou os Ingleses a lançarem-se em acordos tortográficos, a torto e a direito, como os Portugueses. Cada país – seja Timor, seja o Brasil, seja Portugal – tem o direito e o dever de deixar desenvolver um idioma próprio, Portugal já tem uma língua e uma ortografia próprias. Há já bastante tempo. O Brasil, por sua vez, tem conseguido criar um idioma de base portuguesa que é riquíssimo e que se acrescenta ao nosso. Os países africanos que foram colónias nossas avançam pelo mesmo caminho. Tentar «uniformizar» a ortografia, em culturas tão diversas, por decretos aleatórios que ousam passar por cima dos misteriosos mecanismos da língua, traduz um insuportável colonialismo às avessas, um imperialismo envergonhado e bajulador que não dignifica nenhuma das várias pátrias envolvidas."
proferido por Asulado @ 8/24/2004 09:45:00 da tarde
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domingo, agosto 22, 2004
Mais uma!
Os meus parabéns não só ao Francis, mas também a toda a família Obikwelu, que assistiu junta à prova pela televisão, enquanto mamava umas Sagres e papava umas sandes de coirato.
proferido por Asulado @ 8/22/2004 09:30:00 da tarde
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sábado, agosto 21, 2004
(ex)citação
Nunca fui adepto de "bater no ceguinho". Muitas vezes abstenho-me de tecer comentários se aquilo que eu penso já é vox populi, e chego a ter pena de indivíduos que são constantemente (ainda que merecidamente) arrasados pela opinião pública.
Mas este senhor obriga-me a abrir uma excepção:
«Como responsável máximo de uma autarquia com o peso de Gaia, tenho de ter mais sapatos, mais camisas, mais gravatas e mais fatos do que um cidadão comum»
Luís Filipe Menezes, explicando por que deveria receber mais ao fim do mês (lido na Visão)
proferido por Asulado @ 8/21/2004 12:12:00 da manhã
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sexta-feira, agosto 20, 2004
Prognóstico:
FCP 1 - SLB 0
proferido por Asulado @ 8/20/2004 11:26:00 da tarde
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quinta-feira, agosto 19, 2004
Isto já começa a aquecer...
Actualização: O futebol é mesmo um jogo viril!
proferido por Asulado @ 8/19/2004 11:48:00 da tarde
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quarta-feira, agosto 18, 2004
Não é justo
Se cultivasse alfaces, couves, cenouras e batatas, chamavam-lhe jovem agricultor; como planta cannabis, chamam-lhe septuagenário.
P.S.: Cometi uma imprecisão. Acabo de ser informado que a designação 'jovem agricultor' apenas se aplica a indivíduos com idade inferior a 65 anos.
proferido por Asulado @ 8/18/2004 10:16:00 da tarde
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Fogo que arde sem se ver
Espero que isto seja uma mera estatística e não um canto de vitória.
proferido por Asulado @ 8/18/2004 08:38:00 da manhã
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segunda-feira, agosto 16, 2004
«Vais ao fado... vadio?»
Como é costume de há uns anos para cá, e aproveitando as instalações criadas para o Festival do Marisco, decorre hoje, um dia após o término daquele evento, a Noite do Fado Vadio.
Este ano tem como cabeça de cartaz o sadino António Severino,
mas claro que a prata da casa também estará presente, com nomes como Libânia (por falar nela, tenho que ir buscar gás), Estrela Maria (uma das olhanenses presentes na Chuva de Estrelas, mas ao contrário da outra não chegou à final) e Vítor Rocha (o mariscador que já alcançou 15 segundos de fama na TVI, ao aparecer a cantar no funeral da D. Amália), entre muitos outros.
proferido por Asulado @ 8/16/2004 04:24:00 da tarde
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O 17º concelho algarvio
(não, Quarteira não foi promovida a concelho)
Já ouvi hoje por duas vezes na RTP (e certamente já foi repetido algumas mais) que Almodôvar foi o concelho algarvio mais afectado pelas chamas.
proferido por Asulado @ 8/16/2004 09:13:00 da manhã
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sábado, agosto 14, 2004
Uma já não nos tiram!
proferido por Asulado @ 8/14/2004 04:44:00 da tarde
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Os três j
(justiça, jornalismo e já vomitava)
Factos
- Depoimentos de personalidades ligadas ao processo de pedofilia na Casa Pia, gravados por Octávio Lopes, do Correio da Manhã, sem o conhecimento destas, começaram a circular em meios jornalísticos, políticos e judiciais.
- Octávio Lopes conseguiu que um tribunal emitisse uma providência cautelar impedindo que a revista Focus publicasse essas gravações.
- O Independente publicou ontem essas gravações, e aparentemente não lhe vai ser movido qualquer processo judicial.
Interrogações
- O mesmo acto pode ser crime ou deixar de ser, consoante a justiça notifique antecipadamente ou não o praticante?
- O facto de O Independente e a sua directora não merecerem um pingo de credibilidade por parte das pessoas sensatas é uma atenuante?
proferido por Asulado @ 8/14/2004 01:22:00 da tarde
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sexta-feira, agosto 13, 2004
proferido por Asulado @ 8/13/2004 12:00:00 da manhã
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quinta-feira, agosto 12, 2004
Dúvida
Será que uma possível vitória hoje da nossa selecção olímpica de futebol sobre a do Iraque aumentará a probabilidade de Portugal sofrer um atentado terrorista?
proferido por Asulado @ 8/12/2004 08:32:00 da manhã
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terça-feira, agosto 10, 2004
Cerimónia
Esta noite tenho uma audiência com os Senhores Comendadores.
proferido por Asulado @ 8/10/2004 06:20:00 da tarde
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segunda-feira, agosto 09, 2004
Longe da vista, longe do coração?
O comentário do CC a este post fez-me recordar um texto de Miguel Esteves Cardoso, incluído no livro Explicações de Português, e que não resisto a transcrever uns excertos:
"Uma amiga minha inglesa, a Lindsay Reade, gostava muito de gambas. Quando veio pela primeira vez a Portugal com o marido, Tony Wilson, fundador da Factory Records, a famosa editora que favorecia a alma e a verdade, levei-os logo a Cascais para provarem as gambas que lá vivem. Sentámo-nos à mesa, de guardanapos praticamente colados aos pescocinhos, esperando a vinda do quilo bem pesado que pedíramos. Quando chegaram, a Lindsay, uma das mulheres mais bondosas e honestas que conheci, ficou branca. Apenas conseguiu balbuciar, antes de ir vomitar, as seguintes palavras: «Trouxeram os cadáveres... os cadáveres inteiros...» Tivemos de abandonar imediatamente o restaurante, onde eu ia há anos e compreensivelmente me proibiu de lá alguma vez voltar, tal foi a cena absolutamente Greenpeace que se seguiu, com a invasão da cozinha e tentativa de libertação dos crustáceos todos do tanque central. Habituada a comer as gambas já descascadas e descaracterizadas, sem cabeças nem pernas, a minha amiga não sabia o que era que comia."
"E antes que digam que isso são problemas estrangeiros, lembro-vos a estúpida estima em que é tido em Portugal o surimi, ou delícias do mar, que são peixes tão verdadeiros como os outros mas prensados e coloridos para parecerem os cilindros que não são. Ou os centros de pescada. Ou os fofinhos de bacalhau. Ou o horror cada vez maior às espinhas. Ou os pedidos cada vez mais insistentes de comensais mais sensíveis para que arranjem o peixe antes de o trazerem à mesa dos restaurantes, mesmo no caso dos peixes cuja suculência orgânica exige a integridade formal, como é o caso manifesto dos salmonetes."
"É bom que nos faça impressão. É bom que tenhamos culpa. É bom enfrentarmos a verdade, que estas coisas acontecem porque queremos."
proferido por Asulado @ 8/09/2004 02:52:00 da tarde
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domingo, agosto 08, 2004
Keats and Yeats are on your side
but you lose
`cause weird lover Pam is on mine
(agradeço ao Morrissey a colaboração)
proferido por Asulado @ 8/08/2004 11:51:00 da tarde
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sábado, agosto 07, 2004
Tá quá
Aproxima-se a 19ª edição do evento que é a razão de ser da empresa municipal Fesnima:
FESTIVAL DO MARISCO
O ORIGINAL!
Para quem pensa visitar este certame, mas ainda não escolheu o dia, a programação musical pode ser um factor decisivo.
proferido por Asulado @ 8/07/2004 05:05:00 da tarde
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quinta-feira, agosto 05, 2004
Engenho
O que mais me impressionou na minha primeira visita à Expo `98 foi o Pavilhão de Portugal. Só ao pé do edifício é que se consegue sentir verdadeiramente o assombro que é "a pala de Siza Vieira", como é vulgarmente conhecida esta idealização do ilustre arquitecto.
Mas foi preciso a atribuição de um prémio mundial para eu ouvir pela primeira vez o nome de António Segadães Tavares, o homem que permitiu a concretização da idéia.
Fiquei a saber também (e foi essa a razão do prémio) que se deve a este engenheiro o fim do "credo na boca" a todos os que aterram no aeroporto do Funchal.
proferido por Asulado @ 8/05/2004 06:41:00 da tarde
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quarta-feira, agosto 04, 2004
La vie en rose et orange
Começa amanhã e decorre até dia 8 a 14ª edição da Feira de Arte, Artesanato, Agricultura e Recreio de Moncarapacho.
Estranho que o evento anual mais importante desta vila não mereça qualquer referência no site da CMO.
Gostava de acreditar que isso não se deve ao facto de a Câmara olhanense e a Junta de Freguesia moncarapachense serem de "cores" diferentes...
proferido por Asulado @ 8/04/2004 02:48:00 da tarde
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segunda-feira, agosto 02, 2004
Mil e uma pequenas histórias
«Ele foi sem dúvida o melhor de entre nós» - disse, com uma aparente humildade.
Mas, ao incluir-se no mesmo grupo que ele, estava já a pôr-se em bicos de pés.
proferido por Asulado @ 8/02/2004 09:28:00 da tarde
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domingo, agosto 01, 2004
Momento Victor Espadinha
Depois de o FA ter andado a experimentar os meus links, fui eu que andei a espiolhar a sua lista, em especial a musical. Foi através deste meu amigo que eu descobri boa parte da música que mais me marcou, e que hoje ainda oiço frequentemente.
Um desses casos foi os Bauhaus, que ele me deu a conhecer no longínquo Verão de 1987 (precisamente o ano em que nos conhecemos), 4 anos depois da cessação de actividades da banda.
Chamou-me a atenção na sua lista um link para uma página específica sobre o concerto lisboeta de 1998, incluído na Resurrection Tour (já agora, a set list está completa? quase que jurava que eles tinham tocado Rosegarden Funeral Of Sores). Entre muitos outros, recordo em particular o momento em que a banda abandonou o palco após o 2º encore. O público tinha fome de mais, e fez questão de o demonstrar ruidosamente, a que se juntou uma quantidade infindável de isqueiros acesos. Passado algum tempo, a banda aproxima-se da boca-de-cena, e estaca a olhar para a multidão. David Jay sentiu-se como que intimidado a olhar todas aquelas luzes, visto que na mão apenas trazia um candelabro com 3 velas. A música que se seguiu foi Bela Lugosi`s Dead, e ainda houve direito a um 4º encore. A dúvida surgida no final do concerto foi: regressamos a sul ou seguimos para o Porto onde a banda vai tocar amanhã?
Uma ausência que notei na lista de links foi a dos Mucky Pup, que o FA me deu a conhecer na passagem de ano 1989/1990 realizada no aldeamento Pedras da Rainha (Cabanas de Tavira), através do seu 2º álbum.
Foi a minha introdução à música hardcore (anteriormente apenas conhecia o género cinematográfico com o mesmo nome) e fiquei maravilhado! Recordarei para sempre a primeira vez que ouvi o início do tema U Stink (But I Love You), com o som de um auto-rádio a debitar Get Out Of My Dreams, Get Into My Car de Billy Ocean, e... mais não digo (ouçam aqui)! Comprei mais tarde o LP (e ainda mais tarde outros 2 da banda, não tão bons) numa lojinha de discos nos Restauradores, num micro-centro comercial junto à paragem do Elevador da Glória.
"Sim, eu sei, que tudo são recordações..."
proferido por Asulado @ 8/01/2004 12:50:00 da tarde
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