Tertúlia blogosférica
No seguimento deste post do Badaró Bingo e da conversa que inicialmente gerou, fui hoje vasculhar os discos antigos que deixei na casa onde vivi até há 10 anos, em busca do single com uma canção de apoio à Selecção que iria participar na fase final do Euro 1984, que não o hino oficial. Pelo que me lembro (não se esqueçam que já passaram 23 anos), os autores desta canção (letra de António Avelar Pinho e música de ToZé Brito) afirmaram na altura que teriam tido o aval da direcção da FPF para compor o hino oficial da equipa das quinas na referida campanha, mas que uma reviravolta de bastidores fez com que a encomenda fosse posteriormente entregue a outras pessoas. Sem vontade de desperdiçar o trabalho já feito, resolveram editá-lo, ainda que sem a chancela oficial. E foi assim que surgiu no mercado este single em vinil, com uma ilustração de Francisco Zambujal na capa. O lado A continha a canção Selecção de Todos Nós, e o lado B, dado o local onde iria ser disputada a fase final da competição, continha uma versão em francês do mesmo tema, intitulada Portugal Oh Portugal, que contava com a participação extra de António Tavares Teles na letra. Polémicas à parte, optei por comprar este single por considerar que a canção cumpria melhor a função de apoio a uma equipa de futebol. Não quer dizer que a outra fosse má, pelo que me lembro até estaria ao nível de um Neste Barco À Vela do Duo Nevada, que foi ao Festival da Eurovisão e tudo.
Ao contrário da minha recordação inicial, na ilustração não estão os convocados para França, mas sim os jogadores mais utilizados na fase de apuramento. Por exemplo: Álvaro Magalhães, actual treinador do Olhanense, fez o pleno na fase final, mas não participou no apuramento, não constando nesta ilustração (mais informação aqui). Vou arriscar identificar todos os elementos aqui retratados, se houver alguma incorrecção a caixa de comentários é logo a seguir (para uma melhor identificação por parte dos mais novos, optei por indicar os nomes compostos por que são conhecidos actualmente, e não os que utilizavam quando eram jogadores). Em cima: Humberto Coelho, João Pinto (o original), Lima Pereira, Rui Jordão, Eurico Gomes e Minervino Pietra. Ao meio: Augusto Inácio, António (para não confundir com o irmão Alberto) Bastos Lopes, António Morais, (sempre simplesmente) Toni, Fernando Cabrita (desde há alguns dias o único elemento vivo da equipa do Olhanense que disputou a final da Taça de Portugal em 1945), José Augusto, Carlos Manuel e João Alves. Em baixo: António Oliveira, Fernando Gomes, Fernando Chalana (em pé), Tamagnini Nené, Manuel Bento, José Luís (continuo na minha), Jaime Pacheco e José Alberto Costa. proferido por Asulado @ 11/24/2007 05:15:00 da tarde |
Espírito olímpico
A selecção das quinas alcançou hoje os mínimos para o Europeu de Áustria e Suíça. proferido por Asulado @ 11/21/2007 09:50:00 da tarde |
segunda-feira, novembro 19, 2007
Back to Basics 2
Por sugestão dos meus anfitriões, a visita à Festa da Vinha e do Vinho de Borba foi apenas vespertina, e o serão com Blasted Mechanism foi substituído por uma noite musical luso-brasileira na Sociedade Harmonia Eborense(já mencionada aqui). Portugal esteve representado por The Clits, e o Brasil por Lucy and the Popsonics. O espectáculo teve lugar numa pequeníssima sala, sem algo a que se pudesse chamar palco, para uma assistência de não mais do que uma vintena de pessoas, elementos logo por si estimulantes para um trintão que não se entusiasma por aí além com concertos de estádio. O rótulo electro-punk-rock colado às duas bandas é algo redutor (aliás, como qualquer rótulo), mas é um facto que ambos os projectos convergiam na forma, talvez não tanto no conteúdo: dois elementos humanos (já vão perceber esta descrição mais à frente) em cena, cada qual do seu género, actuando sob uma base musical sequenciada. Os portugueses, que abriram as hostilidades, ainda não têm registo fonográfico convencional no mercado (a vocalista disse-me no final que estava para breve o lançamento de um EP). Os seus dois membros multiplicam-se por diversos projectos musicais, e são notórias as variadas influências, desde o rock industrial até uma pitada de gótico (a minha amiga presente no concerto achou a voz feminina parecida à de Siouxsie, ao que eu acrescentaria algumas tonalidades de Nina Hagen). Nas vezes em que as vozes de Ana Leorne e Carlos Martins aka Lena F. se cruzavam, vieram-me à memória as vocalizações conjuntas de Black Francis e Kim Deal nos Pixies, não tanto no resultado, mas na felicidade da harmonia. O elemento visual da prestação também se revelou bastante importante. De seguida actuaram os brasileiros, já com algum prestígio no seu país, e que apostam agora numa carreira internacional na cena independente. Não sei se hei-de designar o grupo como um duo de três ou um trio de dois: é que ao casal Fernanda e Pil Popsonic junta-se a sentimental caixa-de-ritmos Lucy. O espectáculo teve por base o CD de estreia A Fábula (Ou A Farsa?) de Dois Eletropandas(de que eu sou agora o feliz proprietário de um exemplar autografado), a que se juntou ainda uma versão bastante interessante de Refuse/Resist dos compatriotas Sepultura, que repetiram no encore acompanhada de uma outra, Rockaway Beach dos Ramones. Aqui o punk está mais presente, pelo menos no imediatismo que lhe é característico. Meu Gatinho Chernobil(que eu e os meus amigos entoámos repetida e exaustivamente o resto da noite e no dia seguinte) fez-me recordar ao de leve o clashiano Should I Stay Or Should I Go. Mas, enquanto Iggy Pop proclamava I Wanna Be Your Dog, os Popsonics cantam Eu Quero Ser Seu Tamagochi, o que prova que os tempos são outros. As letras são de um humor desconcertante, a fazer-me lembrar os escritos do FA na passagem dos eites para os náinetes, mas com menos sangue. Para mais informações, incluindo as últimas datas da mini-digressão portuguesa dos Popsonics (se estiverem em Lisboa ou no Porto não percam), explorem os links atrás inseridos. proferido por Asulado @ 11/19/2007 11:53:00 da tarde |
All-Glob
São cada vez mais os miúdos portugueses que se mascaram no dia 31 de Outubro e andam pelas casas a pedir guloseimas. Hoje de manhã vi na RTP1 a reportagem da comemoração do São Martinho em Moncarapacho, onde se realizou um desfile com candeias acesas, uma influência da comunidade alemã residente na freguesia. Parece que o primeiro caso resulta de uma campanha imperialista de costumes, enquanto que o segundo é fruto de um enriquecedor intercâmbio cultural. proferido por Asulado @ 11/13/2007 01:13:00 da tarde |
Querido, fiz o teste
Vi este quiz no blog do Paulo e não resisti a fazê-lo: 20% GeekAgora gostava de ver o resultado (sincero...) de algumas pessoas que me chamam geek. proferido por Asulado @ 11/05/2007 08:05:00 da tarde |
sábado, novembro 03, 2007
Sol & dariedade
Revelaram-se acertados os prognósticos antes do fim do campeonato de alguns amigos meus, de que eu poderia ir já levantando a taça. Obrigado, Golfinho, por ma entregares. proferido por Asulado @ 11/03/2007 11:51:00 da manhã |