Um ano depois... 

proferido por Asulado @ 3/31/2007 08:44:00 da tarde
|

“... o chamado tu ain uane”
Lauro Dérmio  

 

Decorre em Olhão, de 4 a 8 de Abril, a 4ª edição da EXPOMAR - Feira do Mar e das Actividades Náuticas. Talvez pela queixa generalizada de que o evento decorreria numa altura precoce do ano (não corroborada por mim, que apenas me queixava de coincidir com a feira de enchidos de Monchique), e porventura na tentativa de conquistar uma grande afluência em todos os dias da feira e não apenas nos dois últimos, a organização optou este ano por atrasar a sua realização para o período da Páscoa. Deste modo, a feira acaba por incorporar um outro evento já habitual nesta época, a Vila de Amêijoas, mostra gastronómica em que o tradicional prato pascal olhanense é rei; assim, o certame ganha em variedade, contrariando o sentimento de «cumprir calendário» que já se começava a fazer notar na 3ª edição, e contribui para a aconselhada contenção orçamental.
E perguntam-me vocês:
- Ó Asulado, na tua imensa sabedoria, onde poderemos encontrar informação detalhada sobre o evento?
E respondo eu:
- Que pergunta pertinente, cada vez me espanto mais com a sagacidade dos meus leitores!
Ora bem, à hora a que escrevo estas linhas, a página oficial da Câmara está em obras, talvez para não contrastar com o que se passa em grande parte da cidade, e a subpágina da Alentexpo dedicada ao evento mostra-nos isto.
Felizmente que há uns moces que são uns anjes (trocadilho óbvio mas irresistível), que disponibilizaram online o folheto do certame.

proferido por Asulado @ 3/30/2007 09:40:00 da tarde
|

o vosso olhão 

Venho por este meio felicitar publicamente um blog de e sobre a minha terra pela passagem do seu 1º aniversário. Infelizmente não o pude fazer em sede própria, pelo facto de os seus responsáveis terem determinado que “Só os membros do grupo deste blog podem fazer comentários”. Nem sempre foi assim, e eu próprio deixei por várias vezes comentários neste espaço que anteriormente ostentava por baixo do título a frase “Este blog está aberto a todos os que queiram participar!”.
Não sei o que se terá passado entretanto para suscitar essa mudança, mas quem anda neste meio está sempre sujeito a comentários mais infelizes, que serão certamente compensados por um número superior de participações positivas. Este blog aborda temas bastante interessantes, que poderiam ser enriquecidos com contribuições exteriores de alguém que não tem a pachorra de efectuar um processo de registo apenas para emitir uma opinião. Basta ver o que se passa mesmo aqui ao lado.
Fica a sugestão.

proferido por Asulado @ 3/29/2007 02:56:00 da tarde
|

Explicações de Português 

(o título não pretende ser pomposo, apenas homenagear um livro de Miguel Esteves Cardoso que aprecio bastante)
Como já todos sabem, chegou ao fim a epopeia televisiva denominada Os Grandes Portugueses, com a vitória de António de Oliveira Salazar.
Achei a iniciativa interessante desde o início, pelo estímulo que deu aos portugueses de meditar nos seus compatriotas que marcaram a História, mas foi só depois da escolha dos dez finalistas que lhe dediquei mais atenção. No entanto, ficou claro para mim que esta não iria contar com o meu voto; na primeira fase, porque seria difícil escolher um só português no meio de tantos com características tão distintas; na segunda fase, porque cedo se percebeu que a votação se tornaria numa disputa entre duas áreas políticas com as quais não me identifico minimamente.
Felizes os que foram finalistas, porque viram (uma maneira de dizer, já que estão todos mortos) a sua vida ser estudada em televisão de uma forma de fazer inveja a muitas aulas de História por esse país fora. Pessoalmente falando, gostei bastante de rever um Paulo Portas bem próximo daquele que conhecia antes de entrar na vida política activa; sem desprimor para os restantes, penso que foi brilhante a defesa que fez de D. João II, à qual não terá sido alheia a 6ª posição alcançada pelo monarca, à frente de figuras até à data bem mais conhecidas do povo português.
Gostaria ainda de destacar o 3º lugar conquistado por Aristides de Sousa Mendes, alguém que seria um perfeito desconhecido da maioria dos portugueses se um senhor de seu nome Steven Spielberg não se tivesse lembrado de fazer um filme chamado A Lista de Schindler.
Tal como foi realçado no final do programa, tratou-se de um simples concurso, e os resultados valem aquilo que valem. O que não impede que daí se possam (e devam) tirar ilações.
É notório que os resultados conseguidos pelos dois primeiros classificados se deveram a uma forte mobilização das respectivas bases políticas de apoio, num dos casos disfarçada pela defesa aparentemente distanciada ideologicamente promovida por Jaime Nogueira Pinto, nesse campo contrastada com a defesa militante feita a Álvaro Barreirinhas Cunhal. E aqui cai o primeiro mito: quem assumia o PCP como a força política mais militantemente mobilizadora (a Festa do Avante será o exemplo mais flagrante) terá que refazer os seus pensamentos, depois de o histórico líder comunista ter conseguido menos de metade dos votos obtidos pelo homem forte do Estado Novo. E o que se torna mais perturbador nesta nova força mobilizadora é não ter uma origem perfeitamente identificada.
Foram ainda apontadas algumas razões interessantes para explicar a mobilização desta força, como o descrédito do sistema democrático a que se assiste quase todos os dias, com notícias de políticos que traem a confiança que os eleitores neles depositaram. É bem verdade, mas isso só não explicaria o fascínio por alguém que morreu há quase 37 anos, em particular nas faixas etárias mais jovens. Isso deve-se também à aura misteriosa que se cultivou em torno da sua figura, e que se perpetuou mesmo depois do 25 de Abril.
A imagem atribuída a Salazar após a Revolução dos Cravos é muito semelhante às campanhas de prevenção da toxicodependência que se faziam há uns tempos atrás: não se explicava bem o que era, apenas se dizia que fazia um mal terrível às pessoas. Depois um puto dava umas passas num charro e pensava: “Então isto é que é a droga?!”.
Pelas declarações de Odete Santos após o anúncio do vencedor, é fácil perceber porque é que ainda hoje Salazar é uma figura misteriosa: qualquer estudo mais pragmático realizado sobre o ditador, analisando friamente os seus defeitos e as suas virtudes (que existem, por muito que isso possa custar a alguns), seria rapidamente apelidado de branqueamento do fascismo.
Tenho esperança que este programa tenha sido o princípio de uma mudança de atitude, sob pena de que daqui a não muitos anos já ninguém conheça de Salazar o homem, apenas o mito.

proferido por Asulado @ 3/27/2007 12:17:00 da manhã
|

Mais do que mil palavras 

proferido por Asulado @ 3/25/2007 11:11:00 da manhã
|

Bom fim-de-semana 

Vou tentar seguir a sugestão destes.

proferido por Asulado @ 3/23/2007 12:55:00 da tarde
|

Politische Korrekt 

A laicidade do Estado é um princípio fundamental, desde que não vá contra a doutrina islâmica.

proferido por Asulado @ 3/22/2007 10:45:00 da tarde
|

Choque cooltural 

É fácil perceber a confusão que vai na cabeça dos moços: eles ainda não descobriram se aquilo que jogam é football, fussball ou voetbal.

proferido por Asulado @ 3/21/2007 02:52:00 da tarde
|

You can call me All 

Começo por dizer que não fiquei chocado com a campanha Allgarve lançada pelo MEI. Da mesma forma que não fiquei chocado com o slogan Abril é Evolução de há 3 anos atrás.
(os que sobreviveram a este parágrafo-choque podem agora prosseguir a leitura)
Sempre gostei de trocadilhos, e não os considero de forma nenhuma uma ofensa para com aquilo a que se referem. Acharia imensa piada se um evento humorístico realizado em Loulé se denominasse LOLé (que seria certamente o que aconteceria se o tremelga abraçasse a carreira do marketing).
“A marca Algarve está consolidada no mercado”, é um dos argumentos apontados contra esta campanha. Para mim isso seria um argumento a favor, uma vez que os trocadilhos só resultam com algo sobejamente conhecido, e como tal não estariam sujeitos a más interpretações. Só que... o Algarve ainda tem muito por onde crescer em termos de turismo, se considerarmos que esta actividade não se resume à oferta sol e praia. E se uma campanha se destina a angariar novos visitantes, é natural que se tema que esta possa gerar confusão.
A forma como o nome da campanha é apresentado não é das mais felizes: parece tratar-se mais de uma gralha do que de um trocadilho. E não percebo porque é que uma marca vocacionada essencialmente para o mercado anglo-saxónico é sucedida de um slogan em português.
A insistir nesta campanha (o facto de ela não me chocar não significa que a considere essencial), penso que se deveria proteger mais a designação da região, através de um logotipo do género do que apresento ao lado (aproveito para informar que não sou designer nem tenho pretensões a tal).

proferido por Asulado @ 3/19/2007 01:36:00 da manhã
|

Algarve goes to Atlântico 

proferido por Asulado @ 3/15/2007 06:30:00 da tarde
|

Confidencial 

Tenho recebido algumas visitas com a busca 'semana académica ualg 2007'.
Pois bem (e isto já parece aquela anedota), é para dizer que ainda não sei nada em concreto.
Mas... em conversa há dias com o vocalista de uma das bandas participantes neste megaconcerto, fiquei a saber que aquele reagrupamento de alguns nomes míticos da música farense poderá não ter sido um caso isolado...
Schiu, vocês não ouviram isto de mim!

proferido por Asulado @ 3/14/2007 07:39:00 da tarde
|

The punchline 

As fontes do Asul (sempre em cima do acontecimento) conseguiram apurar que o líder comunista, na altura do internamento, terá comentado com os seus botões (mais concretamente o < STOP e o 7 REWIND):
“Ainda bem que eu não fui visitar um cemitério!”

proferido por Asulado @ 3/12/2007 08:03:00 da tarde
|

Hoje só me está a dar para a parvoíce... 

(para variar...)
Apreciei bastante a visita hoje dos Mosca Knights e o magnífico lençol que trouxeram, mais do que suficiente para aconchegar não só a claque presente mas toda a comitiva do clube.
Como prova do meu reconhecimento, gostaria de lhes sugerir um cântico para entoarem nos estádios, que acabei de descobrir tratar-se de um tradicional transmontano (podem apenas repetir os dois primeiros versos ad eternum, tal como fazíamos nos escutas há muitos anos atrás).
Mas a minha boa vontade não fica por aqui, e sugiro-lhes ainda esta mascote:

Reconheço que a pose da Mosca
Soca não é das mais ortodoxas,
mas é assim que a personagem
aparece retratada no site
oficial da Abelha Maia.

E já agora, como é que eles
apresentam lá a protagonista?


E depois queixam-se! Isto um Calimero não é de ferro!

proferido por Asulado @ 3/11/2007 11:44:00 da tarde
|

Agenda 

Dia 10 de Março, pelas 15 horas, na cidade de Olhão, tem lugar na Sociedade Recreativa Olhanense uma palestra organizada pela APOS e promovida por José da Marta, sob o tema Da Torre de Marim a Olhão, o título do livro que lançou há quase três anos.
No mesmo dia, pelas 17 horas, no sítio da Tavagueira (freguesia da Guia, concelho de Albufeira), Rui Reininho lança o livro Líricas Come On & Anas na FNAC Algarve.
Se eu soubesse que o primeiro não se atrasava e o segundo não era pontual...

proferido por Asulado @ 3/09/2007 11:19:00 da manhã
|

Feliz Dia, Mulher 

Nota: Tinha decidido colocar aqui a primeira imagem
que resultasse da busca Mulher.
Curiosamente, encontrei-a no espaço de alguém
que teve ideia igual.

proferido por Asulado @ 3/08/2007 08:30:00 da manhã
|

Apdeites 

Como têm chegado aqui muitos visitantes à procura de António Severino, achei por bem rectificar uma informação que erroneamente dei: o tema mencionado denomina-se na verdade Sr. Natal, e podem encontrá-lo aqui num registo de melhor qualidade.
Também tenho recebido muitas visitas à custa disto, certamente na esperança de ouvir a interpretação de Natália de Andrade. Pois bem, tomem lá. Da diva aconselho ainda a audição de O Rouxinol e, para os não seguidores de Sam The Kid (ou Samuel Nunca É Tarde), de Miserere d'un povero cor (de Verdi, pois claro).

proferido por Asulado @ 3/07/2007 11:03:00 da tarde
|

Paradox Adroid 

Esta é para o Tremelga Meco, que eu sei que gosta destas coisas, e para quem a apanhar.
Quando forem ao Porto, ou se já lá estiverem, não deixem de dar um saltinho à Cedofeita, mais concretamante ao nº 446 da Rua Alves Redol, para visitar esta loja:

proferido por Asulado @ 3/07/2007 09:39:00 da manhã
|

Great Firewall of China 

Descobri este site através do Miguel e resolvi fazer o teste.
Parece que o teor subversivo do Asul não é apreciado pelas autoridades chinesas.

proferido por Asulado @ 3/06/2007 02:54:00 da tarde
|

Legalize! 

(Pt. 2)

proferido por Asulado @ 3/05/2007 11:12:00 da tarde
|

É impressão minha 

ou não chegaram cá ao continente ecos dos protestos pelo encerramento das maternidades de Santa Cruz da Graciosa, Horta e Vila do Porto?

proferido por Asulado @ 3/04/2007 07:18:00 da tarde
|

Março Marçagão 

Programação (actualizada) do CineClube de Olhão para este mês:

Dia 6
- The Departed: Entre Inimigos (151') de Martin Scorsese

Dia 13
- Uma Família À Beira de Um Ataque de Nervos (102')
      de Jonathan Dayton e Valerie Faris
- Sem Ti (13') de Alunos do Curso de Ciências da Comunicação da ESE/UALG

Dia 20
- Geração Fast Food (116') de Richard Linklater
- Zero Um (14') de Alunos do Curso de Ciências da Comunicação da ESE/UALG

Dia 27
- As Tartarugas Também Voam (98') de Bahman Ghobadi

Cinalgarve, 3^as feiras, 21:30. €1 sócios, €3 não sócios.

proferido por Asulado @ 3/03/2007 04:22:00 da tarde
|

Chouriços 

mas também mólhos, torresmos, banha e muitas coisas mais
É já neste fim-de-semana que decorre mais um ritual da Feira de Enchidos Tradicionais de Monchique.
No ano passado não consegui reserva para o habitual Charrete, e acabei por ir almoçar ao Luar da Fóia, com uma magnífica vista sob a serra com o mar bem ao fundo, o que me deixou um problema para este ano: não saber por qual deles optar.

proferido por Asulado @ 3/02/2007 12:36:00 da manhã
|

Gone with the ßind 

Já quase tudo foi dito na morte de Manuel Galrinho Bento, mas não quero deixar de prestar aqui a minha homenagem a alguém que sempre admirei como homem e como futebolista, apesar do defeito de ter alinhado pelo Benfica.
Tive a oportunidade de testemunhar a sua classe em campo por diversas vezes, felizmente ou infelizmente. Exceptuando a estatura, tudo nele era grande. Não havia meios termos, no meio de um rol de grandes defesas surgiam por vezes grandes frangos - que nunca eram culpa sua, ou as luvas estavam engorduradas ou as luzes do estádio encandeavam.
Homem de convicções, não era prisioneiro delas - alguns ficaram escandalizados ao ler a entrevista em que o guarda-redes pertencente ao «grupo do Barreiro» relatava a miséria que tinha testemunhado na então União Soviética, quando lá esteve com o seu clube.
Tive o orgulho de ser alcunhado por algumas vezes com o seu nome, nas peladinhas (ou granitadinhas) que se faziam na Tomás Cabreira (em Olhão punham os cepos a jogar à defesa, em Faro punham à baliza), devido à forma destemida com que saía de entre os postes, obviamente com resultados diferentes dos do Bento.

proferido por Asulado @ 3/01/2007 09:01:00 da tarde
|